Onde vivemos? O que queremos? O quarto de Lorena.

Vivemos numa das épocas mais conturbadas de nossa país, Ditadura militar...Mas, queremos resolver nossos problemas, que são muitos. Sentimo-nos tão oprimidas nesta cidade maluca, onde tem tanta violência
Viemos morar no Pensionato N. Senhora de Fátima, na região central de São Paulo. O quarto mais frequentado dos três é o de Lorena. é um refúgio onde as pessoas podem encontrar conforto, carinho, segurança, afeto e compreensão. quando sentimos que nosso mundo está caótico e extremamente ameaçador, é ali onde "Deus vomita os mortos", para serem ressucitados ou enterrados.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

domingo, 27 de junho de 2010

DESAFIO: QUAIS DE NÓS ESTÃO NESTE TRECHO?


O sofrimento e o gozo por saber exatamente como é a mulher eterna, ela que era efêmera. “Lorena, a Breve”, pensou e franziu a testa. Mas a namorada neurótica devia estar desencadeada, “Ah, Fabrizio, ame uma p mas não ame uma neurótica que a p pode virar santa mas a neurótica.” Montar naquela moto e se agarrar à sua cintura, sentindo o cheiro de couro da jaqueta, bicho-homem trepidando na ventania, “Vamos, Fabrizio? Minha mesada está inteira, comeremos como príncipes, bolinho de bacalhau e fado”. Choraria potes porque estaria o tempo todo pensando em M.N. que por sua vez estaria pensando no fi lho mais velho com minhocações agudas, ele tem cinco filhos.
(TELLES 1998: 104)

Escreva aqui seus comentários sobre nossos homens...

"Em nossa história os homens surgem em raros momentos - memórias da infância, delírios amorosos, relações sexuais. Os homens que fizeram parte da vida de Ana Clara eram ou exploradores sexuais - dela e de sua mãe - como o Dr. Algodãozinho, ou amores regados a drogas e mergulhos no inconsciente.
Lia remete sempre à figura paterna, mas novamente o pai está ausente, é impreciso. Seu amante está na cadeia e ela age na clandestinidade para libertá-lo. Lorena também apresenta o mesmo tipo de figuras masculinas ao seu redor - o irmão distante; o amante da mãe, a quem despreza; o amado que não aparece.
(O tema do pai ausente permeia toda a obra de Lygia Fagundes Telles. A própria Lygia reafirma a importância da figura paterna em sua obra."
"É porque perdi meu pai muito cedo. Primeiro, por força da separação, depois, porque ele morreu jovem, diabético (tinha apenas 60 anos)".(TELLES In: Cadernos de literatura brasileira, 1998, p. 36))


Como eles são? Representam algum tipo na sociedade? Será que eles serã bons parceiros para nossas garotas?
De que forma elas se relacionam com eles? Há companheirismo? São citados e lembrados de que forma.